Por Roberto Araujo
Após as eleições para a nova reitoria, os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) deflagraram na tarde desta terça-feira (28) greve por tempo indeterminado. O movimento deve iniciar na próxima segunda-feira (3), após 72 horas para as comunicações oficiais à universidade. A UFPI se soma a outras 60 universidades e institutos federais que já estão em greve desde março.
A greve foi aprovada por 228 professores,contra 36 votos contrários e 3 abstenções. Os professores entram em greve dois meses após os servidores técnicos da instituição.
Dentre as reivindicações da categoria, estão o reajuste salarial, que a categoria aponta uma defasagem da ordem de 40%, atualizações nos planos de cargos e salários e também a recomposição do orçamento da universidade.
A presidente da Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI), Escolástica Santos, disse ao Cidadeverde.com que desde maio a entidade tem convocado assembleias para a deflagração de greve, mas não foi obtido o número mínimo para o início do movimento.
"Nós temos a pauta de salário, de reajuste, aí eu sempre reforço, não é aumento, é reajuste. Nós temos uma perda salarial de 40%, esse estudo foi feito no final do ano passado, nosso sindicato nacional encomendou esse estudo e ela indica uma perda de 40% em relação à inflação. O nosso sindicato protocolou uma solicitação de reajuste na casa dos 22%, seria a metade, e o governo negou, inclusive esses 22% dividido em três parcelas.O governo fez uma contraproposta em que seria zero em 2024, e 7,5% em 2025 e 5,5% em 2026. Depois vieram outras propostas, foram muitas negociações até aqui, mas o fato é que o zero por cento em 2024 permanece e a categoria não aceita", citou.
A professora também vai ser a delegada representante da ADUFPI junto às negociações nacionais. Na segunda-feira (3), uma nova rodada de negociações está prevista com o Governo Federal. Um ato deve ocorrer na UFPI para reforçar o apoio ao pedido dos professores.
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